Boas Vindas !

Há alguns anos venho percorrendo, de moto, alguns caminhos. Em especial em nossa Linda América. Aqui tenho pequenos relatos, fragmentos destes passeios. Eles foram feitos com o intuito de preservar um pouco do que eu vi. Um pouco do que eu vivi.

Agora, com poucos cliques, revejo caminhos... Selvas, desertos, gêiseres, caminhos patagônicos, geleiras, lagos, canyons, entranhas da terra... relembro de ares gelados de madrugadas altiplânicas...

De tudo o mais importante: revejo olhares e relembro atitudes de gentes que serão para sempre parte de minha vida. Ao viajante que passar por aqui espero que goste.

quarta-feira, 28 de março de 2012

USHUAIA - FIM DA AVENTURA CARRETERA AUSTRAL E USHUAIA 2012 - CUIDADO COM O VENTO LATERAL DA RN3. TRANSBORDADORES NO ESTREITO DE MAGALHÃES


De passeio no “FIM DO MUNDO”.
Se o mundo realmente tivesse um fim este não poderia ser em Ushuaia. É que por todos os lados que olhamos o que se nota é uma grande diversidade de vida.
A cidade de Ushuaia tem sua economia ligada a pesca. E, em especial, ao turismo. Claro que o simbólico apelido, Fim do Mundo, fez com que a curiosidade, o interesse de muitos fosse despertado para colocar um pé neste local, destino de muitos aventureiros do mundo todo. Por isso ao caminharmos por suas ruas ouvimos as mais diversas línguas, os mais diversos sotaques.
Alguns poderiam sustentar, com certa razão, que o apelido de “Fin del mundo” deveria pertencer a pequena localidade chilena de Puerto Willians, a qual pude ver passeando pelo Canal de Beagle. Este “pueblito” é, sem dúvida, o mais meridional do continente americano. Entretanto, Ushuaia, hoje com um belo plano de desenvolvimento turístico, merecidamente, detém o título (em especial ainda pelas diminutas dimensões e população de Puerto Willians).
O “centro nervoso” de Ushuaia está na Calle San Martin. Aí temos tudo. Lojas, bares, restaurantes, agências de viagens. Acredito que, com um mínimo de preparo físico pode-se percorrê-la, a pé, sem grande cansaço. Sua paisagem característica é de picos nevados ao fundo do Canal de Beagle. Rios, lagos, bosques, geleiras, caminhadas, pistas de esqui no Cerro Castor, são alguns entre tantos outros atrativos deste lindo "fim do mundo". A costaneira, a Avenida Maipu tem o “muelle turistico”. Daí partem as embarcações para os passeios pela baía, bem como ônibus para o Parque Nacional Tierra del Fuego.
Uma vez que meu objetivo, em Ushuaia, não era percorrer lojas, bares (de destaque só o Dublin Irish Pub) e seus melhores restaurantes, deixo aqui umas imagens que fiz em outros locais. Destaco, como imperdível, em Ushuaia, o passeio de barco para visitar “La Isla de los Pájaros”, “Isla de los lobos”, passando pelo farol de “Les Eclaireurs”. Este farol sinaliza a entrada a baía de Ushuaia.
As imagens, obviamente, não fazem jus a beleza natural dos locais visitados. Entre tantas coisas que me faltam, uma delas é o talento para capturar, através de lentes um pouco da beleza do mundo que temos visto.
A chegada no “fin del mundo” determina o final desta minha pequena aventura. Agora o retorno para o trabalho, para novos sonhos de viagem que espero, hora destas, realizá-los. Porque, como frisa o genial Saramago, “O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.", in Viagem a Portugal, 2ª ed., Lisboa, Editorial Caminho, 1984
VIAJANTES E MOTOCICLISTAS:
Nestes caminhos, ATENÇÃO, em especial, como já frisei, com o VENTO LATERAL da RUTA 3. Não é a toa que na região austral há previsão diária da direção e da velocidade dos ventos. O vento é traiçoeiro.
Transbordador e horário:
Atentem que, as condições climáticas da região, ventos em especial, podem suspender a qualquer tempo, a travessia no Estreito de Magalhães. Assim, por precaução, em especial para quem quem não gosta de viajar a noite, é bom estar cedo nos locais de travessia.
A todos agradeço pela companhia de viagem.
Até a próxima.
PS.1 Não esqueçam ! Aguardo os relatos e as fotos dos passeios/aventuras que vocês tem feito. A mim não importa se elas vem do fim do mundo, do começo, ou do quintal da cidade onde moram. O que me importa, de verdade, é a “viagem” (que não acaba nunca) e o teu olhar de viajante durante esta viagem.
Seguimos ...