Boas Vindas !

Há alguns anos venho percorrendo, de moto, alguns caminhos. Em especial em nossa Linda América. Aqui tenho pequenos relatos, fragmentos destes passeios. Eles foram feitos com o intuito de preservar um pouco do que eu vi. Um pouco do que eu vivi.

Agora, com poucos cliques, revejo caminhos... Selvas, desertos, gêiseres, caminhos patagônicos, geleiras, lagos, canyons, entranhas da terra... relembro de ares gelados de madrugadas altiplânicas...

De tudo o mais importante: revejo olhares e relembro atitudes de gentes que serão para sempre parte de minha vida. Ao viajante que passar por aqui espero que goste.

sábado, 8 de novembro de 2014

PATAGÔNIA ARGENTINA - UM POUCO DA REGIÃO DOS LAGOS

“É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles." Grande Saramago!Imbuído deste espirito, vivendo as “necessidades” narradas no texto (o qual não canso de admirar), acariciando e sendo acariciado pela chuva, ouvindo o vento e enchendo-me dos cheiros e cores dos caminhos (uns vistos outros revistos) eu sigo por caminhos da Patagônia Argentina.
E assim o é porque a viagem não acaba nunca ...

P. S. 1. Mais algumas fotos (nuances de Bariloche e Região dos Lagos na Patagônia Argentina).

P. S. 2. Bem mais abaixo, algumas dicas/preços. 

Centro Cívico - Praça em Bariloche
Alguma paisagens proporcionadas pelo Lago Nahuel Huapi







Ao fundo o resultado da "nevasca de los tontos", no Cerro Catedral





Dia em que nevou...que choveu... ventou forte...fez frio...e também teve sol.
O resultado foi uma sensação térmica apropriada para um bom e quente chimarrão.
Ventisquero Negro, no Cerro Tronador







Passeando
Catedral de Bari

P. S. 2. 
a) A maioria dos passeios, na região dos lagos, implica em um pequeno pagamento (tasas) de ingresso nos Parques Nacionais. Este valor, atualmente, está ao redor de P$ 80,00 (oitenta pesos). Quando há embarque no Porto (Panuelo, por exemplo), há um adicional de P$ 23,00 (por pessoa).
b) Tem ocorrido uma valorização do peso com relação ao dólar. Quando cheguei aqui na região (dia 28.10.2014) o oficial estava na casa dos P$ 8,50. O black, blue para los hermanos, cotavam-no até a P$ 14,20. Após oscilação grande, ontem (07.11.2014) a melhor cotação que obtive foi de P$ 13,00.
c) Mesma situação constatei com relação ao real. Em princípio obtive até 5 por 1. Hoje, no entanto, ouvi propostas de, no máximo, P$ 4,30 por R$. 
d) Na regiao, as lojas recebem, sem problemas, reais em pagamento a compras efetuadas. Algumas no oficial outras no blue. 
e) Na medida em que você sai das tradicionais Calle (ruas) Mitre" e San Martin/Moreno, em Bariloche, as lojas aceitam o real com um câmbio mais favorável para nós brasileiros. Quando cotavam o real a P$ 4,50, por exemplo, comprei na Calle Clemente Onelli (rua bem comercial dos barilochenses e afastada do centro turìstico) a P$ 5,00. 
f) Hotéis - os famosos bbb - são encontrados com relativa facilidade na faixa dos P$ 400,00 (single). Hostel encontrei até a P$ 300,00 (com garagem).

terça-feira, 4 de novembro de 2014

PATAGÔNIA ARGENTINA - BARILOCHE E A "NEVASCA DE LOS TONTOS"

No Rio Grande do Sul, onde moro, especialmente na região noroeste, costumamos denominar eventos da natureza, chuvas, enchentes, de uma forma particular (se ocorrentes fora de época). 
Assim temos a(s), por exemplo, a(s) enchente(s) de São Miguel. 
Em Bariloche existem várias denominações para um evento (neve fora de hora, ou fora do inverno) conforme o período em que ocorre. Uma destas denominações é “nevasca de los tontos”.
Os vocábulos por si só já dá uma ideia do porquê de assim ser chamada. Ninguém mais a espera. E ela, a neve, vem com intensidade. Em dois dias, me informaram os barilochenses, praticamente nevou mais do que no inverno. Proporcionalmente é claro. Essa “nevasca de los tontos” pegou a todos, e, de acordo com eles, o último brasileiro (eu) que ainda está em Bariloche. Digo isto porque, esta época é, de regra, de turismo interno. E para a alegria de “los tontos”, estrangeiros e nativos, nos dias 31.10, 01 e 02.11.2014, a nevasca foi bem intensa. Fez a felicidade dos turistas e viajantes de datas pouco prováveis.
Os preços de tudo, comida e serviços, de acordo com informações obtidas, outras contatadas em comparação a viagens anteriores feitas por estes lados, e já informados (de forma exemplificativa), na postagem anterior, não estão, entretanto, muito diferentes. Os aborígenes, portanto, não estão muito para “tontos” (ao menos com relação aos preços).
Continuamos...
P. S. Abaixo insiro umas e outras fotos da neve (que felizmente) apareceu, mais uma vez, “fora de hora”. 

La Nevasca de Los Tontos

  O "positivo" é para foto. Na realidade está "negativo"

 Uno de los tontos






 Como estava (ficou) o Cerro Campanário








sexta-feira, 31 de outubro de 2014

PARQUE NACIONAL NAHUEL HUAPI - QUALIDADE DOS CAMINHOS, PREÇOS - BARILOCHE

Companheiros de viagem reclamam, com razão, das estradas brasileiras, notadamente da BR287 que liga, em especial, minha cidade Santo Ângelo a São Borja. 
Temos sustentado que, fora do Brasil as estradas são tapetes. E, de certa forma, em alguns caminhos não há exagero em salientar esta qualidade. 
Hoje, no entanto, falando (neste momento, de forma especial) dos caminhos que ligam minha cidade, Santo Ângelo, a Argentina, até chegar às margens do Lago Nahuel Huapi e, por consequência, também a Bariloche (onde estou no momento), o “tapete” está em vários trechos bem judiado. 
Assim, quem pensa em viajar a Argentina, fazendo aduana em Santo Tomé – passando pelas carreteras das províncias de Corrientes, Entre-Rios, Rosário, La Pampa, Neuquén e Rio Negro -  vindo na direção que assinalo, tem de redobrar os cuidados especialmente nas proximidades das cidades de Santa Rosa e depois nas proximidades de General Acha, quando somos apresentados a buracos que nada devem aos das estradas brasileiras. 
Igual cuidado é importante que guardem nos quilômetros próximos a Bariloche onde a pista com ondulações causadas pelo tráfego pesado, as curvas e o vento, costumam dificultar a pilotagem aumentando os riscos a que de regra estamos submetidos quando estamos viajando.

Anoto, abaixo algumas informações a quem interessar possa, especialmente àqueles que viajam nas mesmas condições em que eu viajo. Ou seja, sem exagero de gastos:

1) preço da nafta-gasolina (uso a Super), encontrei, nesta época com seu preço oscilando ao redor de P$ 12,59 a 14,00 (catorze pesos);

2) hotéis (não vou além de 2 ou 3 estrelas). E os valores (habitación individual) oscilam bastante em se tratando de cidades pequenas ou turísticas, obviamente. Assim, naquelas os valores podem ir de P$ 200,00 e R$ 350,00 e nestas entre P$ 460,00 a 795,00;

3) as refeições, por sua vez, dependendo da exigência de cada um sofrem maior variação. Uma refeição simples pode ser feita próximo dos P$ 100,00 (exemplo una ternera a milaneza, com uma bebida); com pouco mais de P$ 150,00/P$ 200,00 (um bife de chorizo, por exemplo com uma patagônica rubia para acompanhar). O limite, obviamente, é até onde o bolso permitir e o gosto refinado exigir;

4) Câmbio. Curiosidade, o peso argentino, no câmbio oficial, na aduana de São Borja no dia 25.26.10.14 estava sendo cotado em R$ 0,30. Não precisamos (e não precisei) ir muito adiante para conseguir uma cotação bem superior. Cinco ou seis pesos, dependendo com quem você vai cambiar. Com relação ao dólar, a mesma coisa verifiquei no local em destaque. No câmbio oficial, na aduana 1 U$ equivalia a P$ 8,50 e, em qualquer casa de câmbio, inclusive aqui em Bariloche (dia 29.10.14) ofereciam a P$ 14,00 por 1 U$. 

Uma vez que viajo com certa frequência a Argentina, conheço relativamente a moeda (ou penso que conheço e tenho sorte) apesar dos riscos, optei por fazer câmbio em la calle.  Consegui P$ 14,20, na mesma data, por dolar. Assim que, se você chegou no local do câmbio oficial em comento (na aduana) sem pesos argentinos faça câmbio do mínimo possível (real ou dolar). Logo adiante você conseguirá bem melhor cotação, inclusive em casas de câmbio oficial, refriso. 

Deixo, por ora, algumas fotos descompromissadas (nada especial) e o registro de um agradável encontro. 


PS. O agradável encontro: na chegada em Bariloche, um grupo de amigos, o Jorge Deleon e sua esposa, a Rosane, mais o Alemão, Japonês, Maurício, o amigo Dias e esposa, mais nuestro hermano uruguayo chegavam, embaixo de muita neve e chuva, oriundos do Chile e em direção a Ushuaia (para onde talvez eu vá ou não ?? Depende de para "aonde o vento me levar")
Continuamos ...





 







 Catedral de Bariloche


 Encontro com os Amigos no Friends, Bariloche -AR