Boas Vindas !

Há alguns anos venho percorrendo, de moto, alguns caminhos. Em especial em nossa Linda América. Aqui tenho pequenos relatos, fragmentos destes passeios. Eles foram feitos com o intuito de preservar um pouco do que eu vi. Um pouco do que eu vivi.

Agora, com poucos cliques, revejo caminhos... Selvas, desertos, gêiseres, caminhos patagônicos, geleiras, lagos, canyons, entranhas da terra... relembro de ares gelados de madrugadas altiplânicas...

De tudo o mais importante: revejo olhares e relembro atitudes de gentes que serão para sempre parte de minha vida. Ao viajante que passar por aqui espero que goste.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

CORDILHEIRA DOS ANDES. MENDOZA. POTRERILLOS. USPALLATA. PUNTA DE VACA, LOS PENITENTES. PUENTE DEL INCA. PARQUE PROVINCIAL ACONCAGUA. LAS CUEVAS. PASO LOS LIBERTADORES - ARGENTINA. LOS ANDES, SANTIAGO - CHILE.

Considerando a posição geográfica de minha residência, a qual situa-se no noroeste do Rio Grande do Sul, região das Missões, mirando o centro (ou mesmo o norte ou sul) da Argentina e do Chile, ou pensando ainda tanto no Deserto de Atacama, como nas Patagônias ou Tierras del Fuegos, chilenas ou argentinas, fica muito fácil sair do Brasil, pela Província argentina de Corrientes. A aduana é ágil e funciona integrada, em Santo Tomé. Junto dela funcionam também serviço de encaminhamento de cartas verdes e casa de câmbio. Advirto, no entanto, o câmbio que praticam é o oficial. Considerando que na Argentina, da mesma forma que no Brasil, há um câmbio oficial e um paralelo, o oferecido na casa de câmbio em comento não é muito favorável.
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Recentemente, em março de 2015, por motivo do encontro anual que tenho com um grupo de motociclistas viajantes que integro, o C.U.B.A (a sigla tem a ver com as iniciais dos países a que pertencem os seus integrantes, no caso Chile, Uruguay, Brasil y Argentina e não, portanto, com a famosa ilha) estive em mais uma oportunidade nos caminhos que ora destaco.
O destino, desta vez, seria o Valle del Maipo, região metropolitana de Santiago-CH. 
No caminho a conhecida, sempre bela e revisitada região de Mendoza, na Argentina.
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Abordando a Argentina desde minha casa, saindo pela Província de Corrientes, aduana como destaquei, em princípio, se oferecem duas alternativas, em termos de estradas.

O que os mapas e sites, de regra, indicam: Santo Tomé, direção a Federal, RN127; Paraná-Santa Fé (cruzando o túnel sub-fluvial); San Francisco, Villa Maria, Rio Cuarto, Villa Mercedes, San Luis, La Paz, Santa Rosa, San Martin a Mendoza. Creio que é o caminho mais curto (de Santo Tomé até Mendoza, mais ou menos, uns 1550 km).

Mas, nos últimos anos, neste caminho, há um “pedágio” desagradável. É que o pavimento nas cercanias de Federal, há anos, tem estado muito ruim. Das últimas três vezes que passei por alí verifiquei que o asfalto, realmente, estava bem detonado.  Ano passado quando fiz o encontro de CUBA, em São Miguel das Missões, amigos que vinham do Chile acabaram amassando rodas de suas motos neste trecho (rodas de liga). Então, optando por este tramo, há que se ter atenção redobrada no caminho.

A par disso, outro fato; entre as cidades de San Francisco e Rio Cuarto, há uma profusão de pequenos pueblos, sequências de “lomos de burros” (nossas lombadas). A situação faz com que ritmo da viagem diminua, e muito. E até aqui, honestamente, o visual ainda não é muito atrativo.

Assim que, nos últimos anos, para fugir deste itinerário, tenho optado por seguir pela RN14, passando por Chajari (onde estão as Termas de Chajari, um bom lugar para pernoitar e descansar), Federación, Concordia, Villaguay, Nogoya, Victoria, Rosario, Casilda, Firmat, Venado Tuerto, La Carleta até Rio Cuarto.

De Rio Cuarto para Mendoza, e para o paso fronterizo Los Libertadores, o caminho é o mesmo. Este trecho que assinalo é um pouco mais longo. Mas o asfalto está melhor. E flui mais pelos motivos assinalados.

Tirante estes “pedágios”, ou mesmo com estes “pedágios”, os caminhos do destino são um espetáculo. Mendoza, afirmam com razão os entendidos, é um oásis numa das regiões mais desérticas da Argentina. Evidencia-se esta realidade ao caminharmos em suas ruas e constatar os canais que correm junto ao meio fio, nas calçadas, onde há o escoamento das águas de degelo da cordilheira e que irrigam a cidade.

A bela cidade, capital da província de mesmo nome, também oferece um sem número de atrativos. A propósito, a Argentina tem pouco mais de 2.000 vinícolas. Destas, 1.200, pelo que ouvi, encontram-se na província de Mendoza. Demais disso há, nas adjacências, ao alcance de uns 250/300 km, oportunidade de belíssimos passeios em contato com a natureza (Termas de Cacheuta, San Rafael, Cañol del Atuel, são alguns exemplos). E o principal, a majestosa Cordilheira dos Andes nas cercanias. 

Destaco, ainda, com ênfase, suas vinícolas e “aceituneras”. Para quem gosta de vinhos e de azeites de oliva, Maipú e Lujan de Cuyo, há mais ou menos uns, 18km, pode ser um pouco de paraíso. Há passeios guiados em vinícolas e em plantios de oliveiras. Nem todas as vinículas e azeitoneiras estão abertas a visitação, entretanto.
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Saindo de Mendoza, em direção a Santiago do Chile, a RN7 oferece mais belezas. De fato, por aqui encontram-se lindos caminhos. Visuais de pré-cordilheira e cordilheira propriamente dita. No meio encontramos:
Potrerillos (belo vale de pré-cordilheira a uns 70km);
Uspallata (há mais ou menos 120 km);
Os Caracoles argentinos, a Puente del Inca e o Parque Nacional Aconcágua (estes últimos localizados a uns 195/200 km);
Las Cuevas, e o monumento histórico binacional Cristo Redentor (este para quem se aventurar em sair do asfalto e subir o belo caminho de cornisa de aproximadamente 9km) encontram-se a uns 205 km.

Após, em sequência, aduana chilena e a famosa Cuesta de Los Caracoles. Os famosos caracoles chilenos.

Como se constata, em poucos quilômetros, para quem tem um pouco de tempo, a região oferece, a par dos caminhos, da estrada que já é de beleza inenarrável, um grande número de atrações. Para quem está pensando em ir até Mendoza, pela beleza destes caminhos, eu diria: siga até a fronteira com o Chile. Ainda que não vá fazer grandes recorridos pelas atrações das adjacências que a região oferece, o caminho em sí, a RN7, nesta direção, já é um belíssimo passeio. Paisagens espetaculares.
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Refrisando por ser belo...
Para se ter uma ideia, entre Mendoza, AR e Los Andes, CH, há pouco mais de 260 km. 340 km para quem, realmente, quiser cruzar a Cordilheira e ir até Santiago. Apesar da pouca distância, e de ter feito várias vezes este caminho, eu não me canso dele. Costumo deixar um dia para fazer o trecho. Sem dúvida, se Deus existe, ele foi pródigo no distribuir beleza por estes lados.
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Ainda no caminho – direção Chile – O TUNEL CRISTO REDENTOR. PASO FRONTERIZO CRISTO REDENTOR
Praticamente junto a Las Cuevas, para aceder a Chile, encontra-se o complexo fronteiriço “Los Libertadores” (aduanas integradas de Argentina e Chile). 
Há uma altitude de 3.209 m.s.n.m, e com um comprimento de 3.080m, sendo destes 1.564m pertencentes ao território chileno e 1.516m ao argentino, encontra-se no limite da Argentina e Chile, o Túnel Cristo Redentor.

Muitas vezes a altitude do túnel oferece obstáculos a travessia no inverno. 
Isso porque não raras vezes o caminho é interditado pelas fortes nevascas que são frequentes nesta época do ano na Cordilheira. No entanto, devido ao grande fluxo comercial existente, mesmo com nevascas, na medida do possível, a trafegabilidade é rapidamente restaurada. Não se pode confiar, portanto, em travessia nestas épocas. Agora, inclusive, quando escrevo este texto (julho de 2015), li relatos que, recentemente, o Paso este inabilitado pelas nevascas, e por seis dias contínuos.
Argentina e Chile possuem mais de 5.000 quilômetros de fronteira. A maior parte deles estão situados sobre a Cordilheira dos Andes. Debruçados nestes quilômetros mais de 5.000 km, há mais de 40 pasos fronterizos. E, honestamente, tendo feito já alguns deles, e lido outro tanto sobre outros que pretendo conhecer, é difícil dizer qual deles é o mais lindo. 
A despeito do túnel que enfoco agora (os quais, seguramente, não estão dentre meus caminhos preferidos), apesar de reconhecer e aplaudir esta e outras grandes obras de engenharia, pela importância, inclusive, econômica, ao PASO FRONTERIZO LOS LIBERTADORES deve corresponder um lugar de grande destaque.

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O destino final desta viagem, o Cajon del Maipo, no Chile, fica para ser relatado em outra oportunidade. Merece capítulo a parte. E quando eu, verdadeiramente, for conhecê-lo, de verdade. Desta vez, agora em março de 2015, fiquei adstrito a visita e ao encontro com os amigos do grupo de C.U.B.A.
“A viagem não acaba nunca...”

sábado, 8 de novembro de 2014

PATAGÔNIA ARGENTINA - UM POUCO DA REGIÃO DOS LAGOS

“É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles." Grande Saramago!Imbuído deste espirito, vivendo as “necessidades” narradas no texto (o qual não canso de admirar), acariciando e sendo acariciado pela chuva, ouvindo o vento e enchendo-me dos cheiros e cores dos caminhos (uns vistos outros revistos) eu sigo por caminhos da Patagônia Argentina.
E assim o é porque a viagem não acaba nunca ...

P. S. 1. Mais algumas fotos (nuances de Bariloche e Região dos Lagos na Patagônia Argentina).

P. S. 2. Bem mais abaixo, algumas dicas/preços. 

Centro Cívico - Praça em Bariloche
Alguma paisagens proporcionadas pelo Lago Nahuel Huapi







Ao fundo o resultado da "nevasca de los tontos", no Cerro Catedral





Dia em que nevou...que choveu... ventou forte...fez frio...e também teve sol.
O resultado foi uma sensação térmica apropriada para um bom e quente chimarrão.
Ventisquero Negro, no Cerro Tronador







Passeando
Catedral de Bari

P. S. 2. 
a) A maioria dos passeios, na região dos lagos, implica em um pequeno pagamento (tasas) de ingresso nos Parques Nacionais. Este valor, atualmente, está ao redor de P$ 80,00 (oitenta pesos). Quando há embarque no Porto (Panuelo, por exemplo), há um adicional de P$ 23,00 (por pessoa).
b) Tem ocorrido uma valorização do peso com relação ao dólar. Quando cheguei aqui na região (dia 28.10.2014) o oficial estava na casa dos P$ 8,50. O black, blue para los hermanos, cotavam-no até a P$ 14,20. Após oscilação grande, ontem (07.11.2014) a melhor cotação que obtive foi de P$ 13,00.
c) Mesma situação constatei com relação ao real. Em princípio obtive até 5 por 1. Hoje, no entanto, ouvi propostas de, no máximo, P$ 4,30 por R$. 
d) Na regiao, as lojas recebem, sem problemas, reais em pagamento a compras efetuadas. Algumas no oficial outras no blue. 
e) Na medida em que você sai das tradicionais Calle (ruas) Mitre" e San Martin/Moreno, em Bariloche, as lojas aceitam o real com um câmbio mais favorável para nós brasileiros. Quando cotavam o real a P$ 4,50, por exemplo, comprei na Calle Clemente Onelli (rua bem comercial dos barilochenses e afastada do centro turìstico) a P$ 5,00. 
f) Hotéis - os famosos bbb - são encontrados com relativa facilidade na faixa dos P$ 400,00 (single). Hostel encontrei até a P$ 300,00 (com garagem).

terça-feira, 4 de novembro de 2014

PATAGÔNIA ARGENTINA - BARILOCHE E A "NEVASCA DE LOS TONTOS"

No Rio Grande do Sul, onde moro, especialmente na região noroeste, costumamos denominar eventos da natureza, chuvas, enchentes, de uma forma particular (se ocorrentes fora de época). 
Assim temos a(s), por exemplo, a(s) enchente(s) de São Miguel. 
Em Bariloche existem várias denominações para um evento (neve fora de hora, ou fora do inverno) conforme o período em que ocorre. Uma destas denominações é “nevasca de los tontos”.
Os vocábulos por si só já dá uma ideia do porquê de assim ser chamada. Ninguém mais a espera. E ela, a neve, vem com intensidade. Em dois dias, me informaram os barilochenses, praticamente nevou mais do que no inverno. Proporcionalmente é claro. Essa “nevasca de los tontos” pegou a todos, e, de acordo com eles, o último brasileiro (eu) que ainda está em Bariloche. Digo isto porque, esta época é, de regra, de turismo interno. E para a alegria de “los tontos”, estrangeiros e nativos, nos dias 31.10, 01 e 02.11.2014, a nevasca foi bem intensa. Fez a felicidade dos turistas e viajantes de datas pouco prováveis.
Os preços de tudo, comida e serviços, de acordo com informações obtidas, outras contatadas em comparação a viagens anteriores feitas por estes lados, e já informados (de forma exemplificativa), na postagem anterior, não estão, entretanto, muito diferentes. Os aborígenes, portanto, não estão muito para “tontos” (ao menos com relação aos preços).
Continuamos...
P. S. Abaixo insiro umas e outras fotos da neve (que felizmente) apareceu, mais uma vez, “fora de hora”. 

La Nevasca de Los Tontos

  O "positivo" é para foto. Na realidade está "negativo"

 Uno de los tontos






 Como estava (ficou) o Cerro Campanário








sexta-feira, 31 de outubro de 2014

PARQUE NACIONAL NAHUEL HUAPI - QUALIDADE DOS CAMINHOS, PREÇOS - BARILOCHE

Companheiros de viagem reclamam, com razão, das estradas brasileiras, notadamente da BR287 que liga, em especial, minha cidade Santo Ângelo a São Borja. 
Temos sustentado que, fora do Brasil as estradas são tapetes. E, de certa forma, em alguns caminhos não há exagero em salientar esta qualidade. 
Hoje, no entanto, falando (neste momento, de forma especial) dos caminhos que ligam minha cidade, Santo Ângelo, a Argentina, até chegar às margens do Lago Nahuel Huapi e, por consequência, também a Bariloche (onde estou no momento), o “tapete” está em vários trechos bem judiado. 
Assim, quem pensa em viajar a Argentina, fazendo aduana em Santo Tomé – passando pelas carreteras das províncias de Corrientes, Entre-Rios, Rosário, La Pampa, Neuquén e Rio Negro -  vindo na direção que assinalo, tem de redobrar os cuidados especialmente nas proximidades das cidades de Santa Rosa e depois nas proximidades de General Acha, quando somos apresentados a buracos que nada devem aos das estradas brasileiras. 
Igual cuidado é importante que guardem nos quilômetros próximos a Bariloche onde a pista com ondulações causadas pelo tráfego pesado, as curvas e o vento, costumam dificultar a pilotagem aumentando os riscos a que de regra estamos submetidos quando estamos viajando.

Anoto, abaixo algumas informações a quem interessar possa, especialmente àqueles que viajam nas mesmas condições em que eu viajo. Ou seja, sem exagero de gastos:

1) preço da nafta-gasolina (uso a Super), encontrei, nesta época com seu preço oscilando ao redor de P$ 12,59 a 14,00 (catorze pesos);

2) hotéis (não vou além de 2 ou 3 estrelas). E os valores (habitación individual) oscilam bastante em se tratando de cidades pequenas ou turísticas, obviamente. Assim, naquelas os valores podem ir de P$ 200,00 e R$ 350,00 e nestas entre P$ 460,00 a 795,00;

3) as refeições, por sua vez, dependendo da exigência de cada um sofrem maior variação. Uma refeição simples pode ser feita próximo dos P$ 100,00 (exemplo una ternera a milaneza, com uma bebida); com pouco mais de P$ 150,00/P$ 200,00 (um bife de chorizo, por exemplo com uma patagônica rubia para acompanhar). O limite, obviamente, é até onde o bolso permitir e o gosto refinado exigir;

4) Câmbio. Curiosidade, o peso argentino, no câmbio oficial, na aduana de São Borja no dia 25.26.10.14 estava sendo cotado em R$ 0,30. Não precisamos (e não precisei) ir muito adiante para conseguir uma cotação bem superior. Cinco ou seis pesos, dependendo com quem você vai cambiar. Com relação ao dólar, a mesma coisa verifiquei no local em destaque. No câmbio oficial, na aduana 1 U$ equivalia a P$ 8,50 e, em qualquer casa de câmbio, inclusive aqui em Bariloche (dia 29.10.14) ofereciam a P$ 14,00 por 1 U$. 

Uma vez que viajo com certa frequência a Argentina, conheço relativamente a moeda (ou penso que conheço e tenho sorte) apesar dos riscos, optei por fazer câmbio em la calle.  Consegui P$ 14,20, na mesma data, por dolar. Assim que, se você chegou no local do câmbio oficial em comento (na aduana) sem pesos argentinos faça câmbio do mínimo possível (real ou dolar). Logo adiante você conseguirá bem melhor cotação, inclusive em casas de câmbio oficial, refriso. 

Deixo, por ora, algumas fotos descompromissadas (nada especial) e o registro de um agradável encontro. 


PS. O agradável encontro: na chegada em Bariloche, um grupo de amigos, o Jorge Deleon e sua esposa, a Rosane, mais o Alemão, Japonês, Maurício, o amigo Dias e esposa, mais nuestro hermano uruguayo chegavam, embaixo de muita neve e chuva, oriundos do Chile e em direção a Ushuaia (para onde talvez eu vá ou não ?? Depende de para "aonde o vento me levar")
Continuamos ...





 







 Catedral de Bariloche


 Encontro com os Amigos no Friends, Bariloche -AR