Boas Vindas !

Há alguns anos venho percorrendo, de moto, alguns caminhos. Em especial em nossa Linda América. Aqui tenho pequenos relatos, fragmentos destes passeios. Eles foram feitos com o intuito de preservar um pouco do que eu vi. Um pouco do que eu vivi.

Agora, com poucos cliques, revejo caminhos... Selvas, desertos, gêiseres, caminhos patagônicos, geleiras, lagos, canyons, entranhas da terra... relembro de ares gelados de madrugadas altiplânicas...

De tudo o mais importante: revejo olhares e relembro atitudes de gentes que serão para sempre parte de minha vida. Ao viajante que passar por aqui espero que goste.

domingo, 20 de novembro de 2011

COM AMIGOS NO URUGUAI - NOVEMBRO 2005

Estávamos nos aproximando de um feriado prolongado, em novembro de 2005.
Marcelo, um amigo que na época estava iniciando suas “lides motociclisticas” e, pelo que sei, atualmente abandonou o métier (acho que não fomos uma boa influência para o moço que sofreu um “impeachment” de suas meninas –esposa e filha-) me convidou para fazermos um passeio no Uruguai. O enfoque seria, em princípio, Punta, Montevideo e Colônia de Sacramento.
Saímos de Santo Ângelo, em direção ao Chuy numa quarta-feira a tarde para nos encontrarmos com mais dois motociclistas (Gauderios do Asfalto) Luiz Moraes e Pistoia, em Santa Maria. Um bela janta na quarta-feira - véspera do início dos feriados - sacramentou o compromisso de parceria na estrada. Nesta oportunidade, ciente de que agregaríamos mais três motociclistas e uma garupa, nas proximidades de Pelotas (o que efetivamente ocorreu), no caso Baltazar Júnior e esposa Carmela, Osório Neto e Julio. O grupo que saíra em dois, se transformou em quatro, já estava em oito na estrada. Ao chegarmos na aduana de Chuy, iniciamos os trâmites de imigração e observo a aproximação de mais dois motociclistas. Estes estavam com identificação do Motogrupo Anônimos do Asphalto da cidade de Não-Me-Toque. Já era prévio o meu conhecimento da excelência dos integrantes deste grupo. Fato inicialmente afirmado pelo meu amigo, Alex Brito (motociclista viajante e integrante do mesmo grupo). Razão disso não tive a menor dúvida em convidá-los para nos acompanhar uma vez que ambos, conforme afirmado na oportunidade, tinham o mesmo destino e aproveitariam os mesmos dias do feriado prolongado no Brasil. Assim que conheci e iniciei uma bela amizade com Ruy Fritzen e Irineu Enck que nos acompanharam do começo ao fim da viagem. A esta altura, como se pode constatar, tínhamos multiplicado por cinco o número de motociclistas em viagem. Na sequência, seguimos o caminho de praxe: Rocha em direção a San Carlos, Punta, Maldonado, Punta Ballena, Montevideo, Colonia de Sacramento. “Motear” por Punta Ballena é um passeio imperdível. Este passeio ademais do espetáculo do visual, tem como mais um atrativo turístico a famosa “Casapueblo”. A antiga casa de verão do artista uruguaio Carlos Páez Vilaró “Casapueblo” é uma cidadela-escultura que inclui um museu, uma galeria de arte e um hotel chamado Hotel Casapueblo que fica dentro da estrutura. Ele está localizado em Punta Ballena, como frisei, próximo a Punta del Este. É um belo passeio. Para quem se encontra em Montevideo, uma outra pedida interessante respirar mais história e dar uma chegada em Colonia de Sacramento (de Montevideo dá para ir para Colonia pela Ruta 1). A capital do “departamento” –para nós estado- de Colonia, foi declarado patrimônio histórico da humanidade no ano de 1995. Esta cidade é uma testemunha viva do Uruguai colonial. Criada pelos portugueses no séc. XVIII, para nós que somos missioneiros, tem uma conotação também impactante. Caso das conhecidas guerras guaraníticas. Em especial do Tratado de Madrid, de 13 de janeiro de 1750. Para quem se esqueceu das aulas de história: O tratado em comento dispôs que Portugal faria a entrega da Colônia de Sacramento a Espanha e esta, em troca, daria o domínio do território dos Sete Povos das Missões. Após estes passeios começamos a viagem de regresso. Nosso caminho, na oportunidade, foi Trinidad, Durazno, Paso de Los Toros, Tacuarembo, Rivera. De Livramento em diante a turma começou, obviamente, a se dispersar. Cada um a suas cidades de origem. Nos, os integrantes iniciais seguimos em direção a Rosário, São Vicente do Sul, Jaguari, Santiago (minha terra natal), Bossoroca, São Luiz Gonzaga até nossa casa, em Santo Ângelo. No final, um excelente passeio, uma ótima parceria.

Um comentário:

  1. Cada entrada aqui uma saida de saudade, pelas lembranças de estrada, nas belas imagens postadas. Forte abraço do Capitão/DEMOTO

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