Boas Vindas !

Há alguns anos venho percorrendo, de moto, alguns caminhos. Em especial em nossa Linda América. Aqui tenho pequenos relatos, fragmentos destes passeios. Eles foram feitos com o intuito de preservar um pouco do que eu vi. Um pouco do que eu vivi.

Agora, com poucos cliques, revejo caminhos... Selvas, desertos, gêiseres, caminhos patagônicos, geleiras, lagos, canyons, entranhas da terra... relembro de ares gelados de madrugadas altiplânicas...

De tudo o mais importante: revejo olhares e relembro atitudes de gentes que serão para sempre parte de minha vida. Ao viajante que passar por aqui espero que goste.

domingo, 20 de novembro de 2011

ABRAÇANDO A LINDA AMÉRICA

Uma longa viagem, em princípio, deve começar por um minucioso, um detalhado planejamento. Certo ? Bem, pelo menos a grande maioria das pessoas pensa e responderia afirmativamente a indagação. E, entendo que a eventual validade da resposta de muitos que, em princípio, não ouso discutir, para mim não funciona como uma verdade. Ao menos como uma verdade absoluta. Isso porque tenho de ser sincero: quando de minhas viagens não faço absolutamente nada de preparações ou estudos exaustivos. Não tenho paciência para estas espécies de planejamento !! E não o faço, não porque desacredite ou compreenda plenamente dispensável este programar atento da viagem. Ocorre que, em realidade, por ter uma (personalidade, comportamento, pensamento) muito confiante, e me ver como dizem mis hermanos “uma persona afortunada”, penso, sempre, que tudo vai dar certo. É não é que “tudo” sempre acaba dando certo !!!
É possível que muitos entendam este comportamento como se fora um pouco de irresponsabilidade. Outros usarão a psicologia para atacá-lo, talvez com propriedade (não tenho o hábito de invalidar saberes competentes em áreas técnicas que desconheço). Entretanto, refriso, até agora este meu comportamento tem dado absolutamente certo. E as viagens tem se sucedido, sem problemas.
A última que fiz agora, foi um passeio pela nossa Linda América do Sul. Este recorrido o batizei de “Abrazando mi América Linda”. O realizei em 2008, durante os meses de julho e agosto.
Em pouco mais de cinqüenta dias percorri novos caminhos em países conhecidos (Argentina, Chile, Bolívia e Peru. Uma semana antes tinha feito uma viagenzinha pelo Paraguai. Adentrei por outros que não havia trilhado (Equador, Colômbia, Venezuela). Tive a felicidade de rever amigos, conhecidos de viagens anteriores e também de fazer outros tantos. Com estes e aqueles, promessas de visitas recíprocas e um sentimento de que algumas amizades serão para a vida toda. Estas são as situações que vivencio nos passeios que faço. E, por assim ser, quando os dias de férias vão se aproximando do final, ou mesmo quando estou me afastando dos locais e das pessoas das quais me aproximei nas viagens vem o sentimento de querer ficar um pouco mais, e, seguramente, a promessa que quero sempre cumprir. "Um dia pretendo retornar!"
E como é bom regressar! Bem, falando em regressar, novamente percorri todo o chaco argentino que, na época da viagem (julho e agosto), encontrei matizado de outras cores. Já o percorri em outros meses, uma vez em outubro, outra em abril e as cores eram diferentes. A lembrança do cerrado brasileiro se faz presente com intensidade em alguns trechos do chaco. Subi, uma vez mais, passando Corrientes, Resistência, San Salvador de Jujuy (lamentavelmente, não pude ir, novamente, a Salta, uma bela cidade, capital da província argentina de mesmo nome) e segui em direção a San Pedro de Atacama (já virei figura carimbada da aduana de Paso Jama). Cheguei na feinha mas, instigante e “cosmopolita” San Pedro de Atacama. Sempre bom rever os Gêiseres, as Termas de Puritama, El Valle de La Luna y de La Muerte... Tantas coisas que há para se ver em SPA que, seguramente, vou acabar por ter “passe livre” nas aduanas chilenas neste caminho. Durante o trajeto até SPA vinha pensando se retornaria a Cuzco e Machu Picchu que havia visitado o ano passado (já que ainda tenho muitos sítios do Valle Sagrado ainda por conhecer, e revisitaria Machu Picchu), ou, então, seguiria mais ao norte para depois subir em direção a Tacna e depois Nazca para conhecer suas famosas linhas. Apesar da enorme vontade de, novamente, escalar Wayna Picchu e olhar lá de cima, Machu Picchu, optei por seguir ...(sigo construindo...)

3 comentários:

  1. Meu amigo: Aos poucos estou me familiarizando com esse tipo de ferramenta (muito boa por sinal) e lendo seus bem elaborados relatos e vendo essas belas fotos da viagem anterior. Que vaya con Diós e acá estaremos seguindo !

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  2. Meu amigo: Impressionante como estamos sintonizados nisso de "não planejamento" para se viajar de moto. Seu texto poderia ser o meu texto, sem tirar uma vírgula. Siga com Deus !

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  3. Querido amigo,
    E eu sigo aqui. No improviso. Sempre.
    O "ACASO" VAI NOS PROTEGER ENQUANTO ANDARMOS DISTRAIDOS.
    Obrigado.

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